domingo, 2 de janeiro de 2011

1b. Abordagem humanística

Fundada por Elton Mayo, trata-se de uma revolução conceitual iniciada após o aparecimento da psicologia. Os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização, departamentalização e princípios gerais da administração passaram a ser contestados. O engenheiro cede o lugar ao psicólogo ou sociólogo assim como o Homo Economicus cede o lugar para o Homo Social.
A ênfase sai das máquinas e métodos e migra para os aspectos psicológicos e sociológicos dos funcionários. Defendem que, no trabalho, as relações informais podem ser mais importantes que as formais. Abordam profundamente a questão da liderança, formal ou informalmente legitimada, que havia sido deixada de lado pelos clássicos. A chamada psicologia do trabalho passou por duas fases em seu desenvolvimento:

- 1ª fase. A análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho:
Está voltada estritamente para o aspecto produtivo. Analisavam as características humanas exigidas por cada tarefa e buscavam o trabalhador ideal através de testes psicológicos.
Temas: seleção de pessoal, orientação profissional, treinamento e método de aprendizagem, fisiologia do trabalho e estudo dos acidentes e da fadiga.

- 2ª fase. A adaptação do trabalho ao trabalhador:
Pelo menos em teoria, agora os aspectos individuais e sociais do trabalho predominam sobre os aspectos produtivos.
Temas: o estudo da personalidade do trabalhador e do gerente, a motivação, os incentivos ao trabalho, a liderança, as comunicações e as relações interpessoais.

Características do Homo Social:
- São criaturas sociais complexas, dotados de sentimentos, desejos e medos.
- A motivação não é fruto apenas do salário.
- Comportamento influenciável pelo estilo de supervisão e liderança.
- Controlado informalmente pelas normas sociais do grupo, inclusive em seu nível de produtividade.

A teoria das relações humanas prioriza o grupo e não o comportamento individual, dando grande importância à comunicação interna. Daí a teoria se desdobra dando origem à “escola da dinâmica de grupo”, fundada por Kurt Lewin. Diz que o comportamento, as atitudes, as crenças e os valores do indivíduo baseiam-se firmemente nos grupos aos quais pertence.
Enquanto a organização formal tem caráter essencialmente lógico a organização informal se dá no dia a dia de forma mais imprevisível, espontânea e ilógico. A organização informal concretiza-se nos usos e costumes, nas tradições, nos ideais e nas normas sociais. Se traduz por meio de atitudes e disposições baseadas na opinião, no sentimento e na necessidade de “associar-se” e não se modifica rapidamente.
As lições tiradas da escola das relações humanas e em voga até hoje são:
- O sucesso da organização depende diretamente das pessoas.
- O administrador deve saber comunicar, liderar, motivar e conduzir as pessoas.

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