segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Platão

Teve Sócrates como mestre. Presenciou seu julgamento e condenação, o que repercutiu bastante em sua vida e em sua obra. Para ele, a condenação mostrou até onde podem ir os males conseqüentes de uma inadequada organização do poder político. Defendia a necessidade urgente de se estabelecer uma relação entre filosofia e política.
Platão fala em um plano político-pedagógico que conduziria à verdade e ao bem. Somente após árduo processo de ascensão ao mundo real (e não o mundo das aparências) um governante estaria pronto para liderar. Acredita que o poder é o corolário do saber.
O poder deveria ser exercido como missão decorrente do saber e não por ambição ou desejo do poder pelo poder. Com base nesse ideal, Platão critica diversos sistemas políticos. Considera que os governos são marcados por ciclos que tendem à corrupção. A degradação acontece a partir do distanciamento entre o poder e o conhecimento. Tipos de governos que distingue:

- Timocracia: Governo caracterizado pela ambição de glórias militares (ex.: Esparta). Descamba para a Oligarquia.
- Oligarquia: Poder exercido pelos ricos e para os ricos. Tende a ser derrubada pelos pobres e dar lugar à democracia.
- Democracia: Legitima o erro coletivo. Tende à tirania pelo surgimento do demagogo.

Para Platão, a igualdade na democracia é apenas formal já que os que podem pagar professores (os professores eram os sofistas) têm mais possibilidade de ter suas demandas atendidas no parlamento.
O saber deve conduzir o poder. Sem o saber como alicerce, qualquer governo tende a degeneração e corrupção.

Ideal para Platão: Aristocracia intelectual (única possibilidade boa).
Teoria Cíclica: “Uma forma corrompida gera outra também corrompida.”

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