domingo, 2 de janeiro de 2011

1a. Abordagem Clássica

Por conveniência didática juntamos alguns pensadores no que chamamos abordagem clássica. É a abordagem observada na virada para o século XX, tanto na Europa como nos EUA, nos primórdios da ciência da administração. Os maiores representantes desta corrente de pensamento foram o americano Taylor e o francês Fayol, apesar de nunca terem se comunicado entre si. Apesar de serem tidos como “os clássicos”, cada um desenvolveu uma teoria distinta. Resumidamente:

- Administração Científica (Taylor):
A preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio de aumento da eficiência dos operários. Implantou a divisão do trabalho e predominava a atenção para os métodos e movimentos necessários à execução de cada tarefa, assim como o tempo. Tudo era minuciosamente medido, pesado, cronometrado para que se pudesse definir a “única maneira certa de realizar um trabalho” (the one best way).
Taylor acreditava também que para cada trabalho existia um perfil de homem ideal a ser utilizado, de acordo com as características e capacidades físicas, o que chamou de o “homem de primeira classe”. Encontrado este homem, seriam feitos incansáveis estudos de tempos e movimentos (motion-time study) para que nenhum movimento corporal fosse inútil na execução das tarefas e fosse definido o tempo padrão a ser seguido por todos os operários.
Desenvolveu também a “lei da fadiga”, em que estudava a resistência física dos operários, sem considerar questões psicológicas.
Partia da premissa de que o ser humano é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais. Daí vem a denominação Homo Economicus. Traçado um padrão de comportamento humano estereotipado, acreditava que o relacionamento com os trabalhadores poderia ser simplificado. Através do pagamento diferenciado para quem produzia acima de um certo padrão, buscava o aumento de produtividade.

- Teoria Clássica (Fayol):
Fayol buscou definir e conceituar formalmente a nascente ciência da administração. Enquanto Taylor pensava a empresa de baixo para cima, Fayol pensava de cima para baixo. Se interessou pelo estudo da gerência e da divisão da empresa em departamentos. Visualiza a organização como uma disposição de partes a serem especializadas e defende também a divisão do trabalho, sempre coordenado para garantir a harmonia do conjunto.
As funções administrativas enumeradas por Fayol são a base da administração até hoje, apesar de sua flexibilização e das inúmeras roupagens. São elas: Prever, Organizar, Comandar, Coordenar, Controlar.
Cada departamento da empresa deveria desempenhar suas ações guiadas por estas funções e nesta ordem. Definiu também 14 princípios gerais da administração (pág 13 – Chiavenato):
Divisão de trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação dos interesses individuais aos gerais, remuneração do pessoal, centralização, cadeia escalar, ordem, equidade, estabilidade do pessoal, iniciativa, espírito de equipe.

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